O príncipe Coélet tem a pele tão branca e translúcida, que, sob ela, é possível enxergar suas pulsantes veias azuis. Seu olhar e seus atos são suaves e delicados, mas às vezes impregnados de paixão e luxúria. Ele oferece ricos licores em taças de ouro com o formato de flores de amêndoas. E caminha sobre a areia sem deixar pegadas. A Beleza narrativa da escritora Geny Vilas-Novas retorna em sua melhor forma neste novo romance, “O vento gira em torno de si” (Ed.7Letras). Leiam a entrevista.
“O vento gira em torno de si” começa no Rio de Janeiro, narrando uma série de conflitos recentes, e se volta para as montanhas de Minas, onde parece residir a mina d´água de onde verte sua obra. De onde vem as histórias de Geny Vilas-Novas?
R: Eu também me faço está pergunta. Trata-se do imponderável. Acho que saem dos voos de um beija-flor.
O personagem Príncipe Coélet magnetiza o leitor cada vez que aparece. Ele é inspirado em alguém? Apareceu-lhe em sonho? Quem é Coélet e o que ele representa?
R: Coélet está na Bíblia, no livro Eclesiastes e seria Salomão, filho do rei Davi.
As histórias de sua família e o seu dia a dia são expressões constantes em sua literatura. Não existe o receio de que se torne, às vezes, pessoal demais? Seus familiares nunca reclamam de ser ver retratados?
R: Um escritor não pode ter medo dos seus personagens.
Apesar de aparecer pouco na mídia que cobre literatura no Brasil, vc vem reunindo menções honrosas e seus livros figuram nas listas de “melhores do ano” de veículos respeitados como a Revista Bravo!, entre outras. O que espera alcançar com sua literatura?
R: Quem escreve corre o risco de sair em algum lugar. Dou muita sorte de ser na Revista Bravo!
Você tem muitos livros prontos, na gaveta, e escreve sem parar. Quais são seus planos a partir de agora? Escrever ou publicar?
R: Uma coisa não exclui a outra, mesmo porque, meu trabalho termina na porta da editora.