Thriller assustador prevê o futuro da pandemia

Uma trama com alta voltagem de suspense e adrenalina, que envolve os universos da medicina, do direito e até do exército. Assim é o romance de estreia do médico escritor Marcelo Marçal, “Ictus – O prisioneiro sem nome” (Ed. Labrador), distopia que retrata um futuro próximo em que a pandemia se transformou em um problema perene ligado ao tráfico de dados pessoais da população mundial. Imperdível! Lançamento neste domingo, 15 de agosto, 17h, no canal da Oasys Cultural no YouTube. Leiam a entrevista com o autor.

 

Você é médico e trabalhou até agora como tal. De onde vem o desejo de escrever?

 

R: O desejo de escrever precedeu o sonho de ser médico. Quando era mais novo, escrevia o tempo todo; contos, poesias. Cheguei até a ganhar concursos de literatura no colégio que estudava. Na faculdade de medicina parei de escrever porque estudar e praticar me tomava muito tempo.

 

Como é sua vida de leitor? Quais livros o marcaram e considera referências literárias?

 

R: Pelo fato da profissão exigir, durante muito tempo me tornei muito mais um leitor técnico do que de qualquer outro gênero. Isso mudou após a venda da minha empresa, quando passei a ler romances, que adoro. Sempre gostei de ficção, mas recentemente li alguns autores brasileiros na área de terror/suspense, que gostei. Não sei se faria a mesma coisa, mas estou lendo agora com olhos de escritor e isso muda muito. Um livro que me marcou bastante, foi “O cirurgião” da escritora Tess Gerritsen. Ela é uma médica que conseguiu trazer a medicina para o universo de seus romances, sem complicações, de forma a se fazer entender por qualquer um. Acho que esse é meu objetivo.

 

“Ictus” é um livro sobre a pandemia do coronavírus, ou seja, a história ainda está em curso. Esse livro foi escrito quando, e em quanto tempo? Como foi esse processo?

 

R: Comecei a escrever o Ictus no final de Agosto de 2020. Eu tinha um embrião de uma história há algum tempo, reservado para um momento que minha vida me permitisse escrever. Vivenciei com muita intensidade o inicio da pandemia. De certa forma, foi muito traumático como médico e gestor passar por isso, especialmente na área que atuo, que é com pacientes críticos. Daí a criar uma distopia sobre a pandemia foi um passo curto. Não imaginava que conseguiria escrever. O livro fluiu em alguns poucos meses e depois tive um enorme trabalho com as revisões. O resultado foi um livro bastante diferente daquele que imaginei no início. Acima de tudo, o processo foi muito prazeroso.

 

“Ictus” fala de um futuro próximo assustador e, infelizmente, possível. Acredita que a pandemia tomará esse rumo?

 

R: Essa é a visão do médico que trago para o escritor. Acredito sim que teremos endemias no lugar da atual pandemia e ainda conviveremos com elas por algum tempo. Não me surpreenderá se daqui há algum tempo surgir um scanner viral como no livro.

 

Quais são seus planos como escritor?

 

R: Já tenho dois novos projetos. Estou definindo em qual devo investir mais agora. Tudo é um aprendizado, inclusive perceber que gênero os leitores estão lendo mais e se for possível, trabalhar nesse caminho. Tenho muita imaginação para histórias e curiosamente, elas são de gêneros diferentes. Um dos projetos é um livro que tem temas de ficção e o outro é um thriller psicológico. De qualquer forma, pretendo me aprimorar mais e mais e me consolidar como escritor.

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