Leão do Norte

O poeta e escritor Leão Moysés Zagury nasceu no Rio de Janeiro, mas passou a infância e a adolescência em Macapá, capital do então território do Amapá. Em seu novo livro, “Miscelânea” (Scortecci), reúne textos sobre temas variados, como: cultura amapaense, objetos voadores não identificados (UFOS), artistas do Norte e crítica literária. Lançamento dia 13 de junho, quarta, às 19hs, na Livraria Travessa de Ipanema.

 

Quando descobriu que queria ser escritor?

 

Descobri que iria ser escritor na adolescência escrevendo os primeiros poemas no Rio de Janeiro. Esse passo foi em uma vinda àquela cidade. Costumava ler tudo dos escritores Carlos Drummond de Andrade, Guimaraes Rosa e Clarice Lispector, dentre outros.

 

Sobre o que se trata o seu novo livro, Miscelânea? E por que esse título?

 

O livro Miscelânea revela coisas como o quotidiano do amapaense, da sua cultura, mas também revela assuntos como os objetos voadores não identificados (UFOS), homenagens aos artistas da terra (como são conhecidos por lá) e crônicas diversas. Dentre elas destaco: “Homenageando Fernando Sabino”, o qual muito me influenciou pelas suas deliciosas crônicas. A capa revela um toque de desmembramento artístico, o qual serve para colocar um ar de irreverência do material reunido, quando fiz as escolhas para a obra.

 

Alguns textos do novo livro começam sem um propósito específico e depois vão se delineando. Como é o seu método para escrever?

 

Meu método de escrever é o uso da intuição e de conhecimentos teóricos literários. Posso citar os críticos Massaud Moisés, Antônio Cândido, além de outros(as), como referências.

 

Suas influências são Camões e Guimarães Rosa, entre outros. Atualmente quais livros gosta de ler? 

 

Atualmente estou me familiarizando com  as obras espíritas e escritores como Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Florbela Espanca dentre outros(as).

 

Sua infância se passou em Macapá, capital do Amapá. Quais são as melhores lembranças do Norte?

 

Minhas melhores lembranças de Macapá são a forte cultura, sejam poetas, romancistas, músicos como Amadeu Cavalcante, Piska Martins (a música deles fala muito fortemente do caboclo interiorano e seu relacionamento com as águas ribeirinhas, da floresta etc), nas artes plásticas, e pintores como Manoel Bispo, Dekko, dentre outros.

 

– Valéria Martins

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