Entre romances policiais e poesia

Um assassino terrível age em Dracena matando mulheres. O delegado Carlos, antigo investigador, se refugia nessa cidade do interior de SP para tentar refazer a vida com a família, mas diante dos crimes cometidos, decide ir atrás do assassino. O Ceifador de Almas, quarto romance policial de Roberto Ferrari, carrega suspense e emoção até o desfecho da trama. O escritor também é poeta e já conta com seis livros de Poesia publicados.

 

Escrever um livro que trata de um serial killer exigiu grande pesquisa? Como foi o processo de escrita de O ceifador de almas?

 

Todos os livros sobre assassinos seriais que escrevo são fruto de muita pesquisa sobre o assunto em sites, revistas e livros. Vejo também muitos filmes sobre o gênero e posso dizer que é o que mais me atrai. Para escrever, primeiro eu escolho o local da trama, depois defino o modus operandi do assassino e finalmente começo a desenvolver a história e os personagens. Mantenho a história principal e algumas outras em paralelo, desta forma consigo prender a atenção do leitor.

 

Você começou a escrever O ceifador de almas conhecendo o final da história ou prefere escrever desconhecendo os rumos e a solução do livro?

 

Prefiro escrever desconhecendo o final, mas sempre tenho em mente um desfecho mais provável. No desenvolvimento do livro procuro não deixar furos na história.

 

Alguns autores preferem utilizar lugares fictícios nas tramas policiais, mas você utilizou as cidades de Dracena, Panorama e Ouro Verde, em São Paulo, como cenário. Por que fez essa opção?

 

Nos meus livros prefiro usar cidades reais, pois assim, através do Google Maps, posso visualizar o local e fazer uma descrição bem feita.

 

O público brasileiro aprecia romances policiais tanto na Literatura quanto no cinema ou séries de TV. Quais qualidades fazem esse gênero continuar fascinando os leitores?

 

Em minha opinião, o público gosta deste tipo de romance porque o suspense é grande, os crimes são bem construídos e, no caso de seriais killers, há sempre um enigma que será solucionado com a captura do assassino. São emoções que todos gostamos: prazer, medo, suspense. Os crimes e o sexo sempre atraíram o público através dos tempos.

 

Você escreve poesias, mas também romances policiais. A prosa se alimenta da escrita poética? Como concilia dois gêneros aparentemente opostos?

 

Nasci poeta e vou morrer poeta. A poesia está enraizada na minha alma e respiro através dela. Amo Bossa Nova, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. São gêneros opostos que me completam. Através da poesia me tornei um escritor melhor, com mais sensibilidade. Comecei a escrever romances policiais como uma alternativa para vender livros e hoje sou um apaixonado por este tipo de escrita.

 

Quais influências literárias você utilizou na construção de O ceifador de almas?

 

Foram várias influências, tais como Hitchcock, Edgar Allan Poe, Bram Stoker, Stephen King, Peter Benchley, Ken Follet, Jack Higgins, entre outros. Muitos não são escritores de policiais, mas são mestres em construção de tramas, como Ken Follet e Jack Higgins.

 

– José Fontenele

 

 

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